Sabias que reciclagem de máscaras é possível?
Sim, é verdade. E sem qualquer risco de contágio.
Numa das nossas sessões de consciencialização nas escolas, foi perguntado “Mas as máscaras não são têxteis? Porque não as reciclam?”
Assim, a TO BE GREEN criou um programa de reciclagem de máscaras de protecção que permite minimizar o impacto ambiental do seu uso e descarte.
Este programa nasceu de uma necessidade de descarte de máscaras, que a pandemia de Covid-19 criou. A iniciativa decorreu entre 2020 e 2023.
Mas como funcionava este programa?
Em algumas escolas dos municípios que já trabalhavam com a TO BE GREEN foram colocados contentores específicos para o descarte das máscaras de proteção (tanto máscaras cirúrgicas como sociais).
Quando estes contentores ficavam cheios, as máscaras seriam recolhidas pela nossa equipa e levadas para as nossas instalações. Aí, aguardavam 14 dias em isolamento, por questões de segurança.
Após este período, eram entregues na empresa de processamento e reciclagem e aguardavam mais 14 dias para garantir a não contaminação.
Como foi feita a reciclagem?
Após o período de quarentena, eram separados os elásticos e os arames metálicos das máscaras.
O material não-tecido seguia depois para uma linha industrial onde era realizada uma destruição mecânica, e, através de um processo químico, extraído o polipropileno (plástico).
Este polímero tem propriedades que permitem que seja reutilizado vezes e vezes sem conta, aumentando o tempo de vida do material.
Fomos convidados a estar presentes no programa da RTP "Á Volta" na Covilhã .
Reciclagem de máscaras: uma coleção de objetos para decorar o seu pinheiro
Após um ano e meio de recolhas, finalmente apresentamos os primeiros produtos feitos a partir de máscaras recicladas.
O polipropileno retirado das máscaras (com propriedades que permitem que seja reutilizado vezes e vezes sem conta) permitiu a criação de novos produtos de plástico reciclado, sendo que os primeiros foram os enfeites de Natal criados para os CTT, e que tiveram direito a prémio.